O governo do Rio Grande do Norte acertou
contrato com o Banco do Brasil, por meio de dispensa de licitação, para
administrar o pagamento de remuneração de servidores ativos, inativos e
pensionista. O valor final da negociação ficou em R$ 251 milhões.
A assinatura do contrato será realizada
nesta segunda-feira, 26, na Governadoria do Estado, no Centro
Administrativo, com a presença de representantes do governo estadual e
da instituição financeira.
Segundo a Secretaria Estadual de
Administração (Sead), o Rio Grande do Norte não ficará com todo o
montante da negociação. O governo terá de pagar R$ 74 milhões com
tarifas bancárias (que serão divididos ao longo dos anos de contrato) e
outros R$ 100 milhões para encerrar as dívidas de empréstimos
consignados promovidos pelo Banco do Brasil.
De acordo Virgínia Ferreira, titular da
Sead, o processo foi realizado por meio de dispensa com fundamento nos
artigos 24 da lei 8.666/93 e 28 da lei 13.303/2016.
“Trata-se de contratação de bens
produzidos ou serviços prestados por órgão ou entidade que integre a
Administração Pública criado para esse fim específico em data anterior à
vigência da Lei Federal 8.666/93. Nesse sentido, o processo foi
enquadrado como dispensa de licitação”.
A escolha pelo Banco Brasil se deu em
razão de a instituição oferecer capacidade de celebrar o contrato em
comento, além de apresentar a maior rede de agências e terminais
bancários espalhados pelo Estado, incluídos os postos de atendimento e
correspondentes bancários. “Por esse critério, a Caixa Econômica Federal
figura em posição bem inferior ao Banco do Brasil. E o Banco do
Nordeste sem a mínima condição de competitividade, face à necessidade de
atendimento aos servidores nas cidades citadas no termo de referência”,
detalha.
A secretária reforça, ainda, em razão da
Constituição Federal, as disponibilidades de caixa das pessoas jurídicas
de direito público devem ser depositadas em instituições financeiras
oficiais, e no caso do Rio Grande do Norte, atendem esse requisito o
Banco do Brasil, a Caixa Econômica Federal e o Banco do Nordeste.
“Restando, portanto, celebrar um contrato de prestação de serviços
Financeiros e outras avenças com uma das três instituições mencionadas”,
explica.
Outra razão para a escolha do Banco do
Brasil, segundo Virgínia Ferreira, decorre do pagamento de empréstimos
consignados. Uma mudança para outra instituição poderia causar
transtornos para os servidores que contrataram esta modalidade de
crédito. “Que poderia trazer transtorno para os servidores com a mudança
de Banco, além do ganho dos consignados, com carência de seis meses”,
encerra.