'Irmãos mataram e ainda atiraram na ambulância', diz delegado de Macaíba

Irmãos presos têm 20 e 23 anos; segundo delegado, eles irão responder por homicídio, posse ilegal de arma de fogo e tráfico de drogas (Foto: Normando Feitosa/G1)

Policiais civis de Macaíba, na Grande Natal, prenderam na manhã desta terça-feira (16) dois irmãos suspeitos de homicídio e apreenderam com eles dois revólveres. O assassinato aconteceu em outubro do ano passado. Na época, a vítima chegou a ser socorrida por uma ambulância do Samu. Contudo, o veículo foi perseguido por um Siena, interceptado e os suspeitos que estavam no carro ainda atiraram contra a ambulância. O paciente, identificado apenas como João Marcos, de 18 anos, chegou com vida ao hospital, mas acabou morrendo dias depois.
Segundo o delegado Normando Feitosa, os irmãos têm 20 e 23 anos. "Eles mataram e ainda atiraram na ambulância", afirmou. “Ambos foram presos em casa, no bairro Campinas. Fomos ao local cumprir mandados de busca e apreensão expedidos pela Justiça. Mas, como também encontramos duas armas, drogas e uma balança de precisão dentro da residência, além do homicídio eles também irão responder por posse ilegal de arma de fogo e tráfico de drogas”, acrescentou.
A operação, ainda de acordo com Normando, foi batizada de 'Retorno', uma alusão ao próprio delegado, que voltou a ser o titular da DP de Macaíba após passar um ano como responsável pela Delegacia Regional de Nova Cruz.

Tiros na ambulância

O crime que vitimou João Marcos aconteceu em outubro do ano passado. No dia 9 daquele mês, um jovem foi atendido por uma ambulância do Serviço de Atendimento Móvel de Urgência após ser baleado no Centro de Macaíba. De acordo com informações do tenente Silva Júnior, do 11º Batalhão da Polícia Militar, o veículo de socorro foi perseguido por dois homens que estavam em um Siena. A ambulância foi interceptada na BR-304, momento em que a vítima estava sendo levada para o Hospital Regional Deoclécio Marques, em Parnamirim. Três tiros atingiram a lateral da unidade móvel e, por pouco, não acertaram um dos socorristas. João Marcos sobreviveu ao segundo atentado, mas acabou morrendo dois dias depois.

Fonte: G1-RN

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'Ele disse que vai me matar', diz professor gay ameaçado por tio no RN

Do G1 RN
Rodrigo prestou queixa na 10ª DP de Natal (Foto: Reprodução/Arquivo pessoal)

Rodrigo prestou queixa na 10ª DP de Natal (Foto: Reprodução/Arquivo pessoal)
 
O professor universitário Rodrigo Nascimento, de 35 anos, procurou a 10ª Delegacia de Polícia de Natal nesta segunda-feira (15) para registrar, pela segunda vez, que foi vítima de homofobia, tentativa de agressão e ameaça de morte por parte do próprio tio. O motivo da desavença é o fato de Rodrigo ser homossexual. Segundo ele, no último sábado (13), o tio o ameaçou de morte e tentou agredi-lo, mas foi contido por familiares. "Ele disse que vai me matar. Ele é capaz de tudo", disse o professor que dá aulas de teatro na Universidade Federal do Rio Grande do Norte (UFRN).
O caso se tornou público no domingo (14) quando Rodrigo publicou um desabafo no Facebook. No relato, ele conta que o histórico de conflitos entre ele e o tio começou ainda na infância. Ele não sabe precisar quantos anos tinha, mas ainda era criança quando, segundo ele, o tio começou a agredí-lo verbalmente. "Ele me chamava de viadinho, me atribuía nomes femininos, falava isso na rua, para a família, pra todo mundo", recorda.
Ainda de acordo com Rodrigo, as confusões, xingamentos e as humilhações seguiram por muitos anos. O primeiro boletim de ocorrência foi registrado em 2011. "Ele me batia enquanto me chamava de gay", afirma. Neste sábado (13), o professor conta que a briga começou porque ele estava com um amigo em casa. "Ele abriu a porta, invadiu a casa e já foi mandando meu amigo pegar as coisas dele e ir embora. Depois começou a gritar que não queria 'macho' aqui dentro de casa, que era uma falta de vergonha. Eu percebi que ele estava embriagado e achei melhor não responder, mas ele começou a gritar com a minha mãe, disse que ia me matar. Todos os vizinhos ouviram. Ele fez um escândalo, e veio pra cima de mim pra me bater", diz. Segundo Rodrigo, o tio foi impedido de agredi-lo pela mãe e o padrasto.
O problema não é comigo. É generalizado. Já teve situação dele tentar agredir outra pessoa só por ser homossexual. Ele é preconceituoso, não aceita diferenças, não sabe lidar com isso"
Rodrigo Nascimento,
professor universitário
A confusão foi registrada na 10ª Delegacia de Polícia, e nesta terça-feira (16) policiais civis estiveram na casa onde mora o tio para intimá-lo, mas ele não estava. A casa do tio fica no mesmo terreno da casa de Rodrigo. "O problema não é comigo. É generalizado. Já teve situação dele tentar agredir outra pessoa só por ser homossexual. Ele é preconceituoso, não aceita diferenças, não sabe lidar com isso", diz Rodrigo.
No relato do Facebook, Rodrigo conta que na ocasião do primeiro boletim de ocorrência desistiu de dar andamento ao processo a pedido da família, mas garante que dessa vez vai ser diferente. "Eu não vou recuar. Não tenho motivos para recuar. Eu não imaginava que minha história teria uma repercussão tão grande, mas percebi que, em função de tantos casos trágicos de homofobia que estão acontecendo no nosso país, preciso levar a denúncia adiante e ir pra cima no sentido de lutar contra o preconceito", ressalta.
"Se algum de vocês conhece alguém que passa por uma situação desse tipo, ajudem! Uma palavra de apoio é suficiente para que a pessoa tenha coragem de seguir adiante no sentido de encerrar as agressões! Minha mãe, minha tia, meu padrasto e um primo foram fantásticos! (...) E meus vizinhos, cuja solidariedade e preocupação se mostraram no dia de hoje, aconselhando para que eu tomasse cuidado com as ameaças de morte (sic)", diz o relato postado por Rodrigo na rede social.

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